O primeiro passo

Se resumíssemos os textos anteriores poderíamos ver que me dediquei a enfatizar o EU e concluí que:

  1. Precisamos mudar, pois o mundo está exigindo isto de nós.
  2. A cada dia temos mais evidências de que as mudanças estão acontecendo.
  3. Os novos paradigmas estão batendo à nossa porta e não podemos ignorá-los.
  4. A mudança, porém, começa “em mim”. É uma decisão que tenho que tomar individualmente.
  5. Preciso aprender constantemente para acompanhar este novo mundo.
  6. A minha preparação técnica, meu desenvolvimento profissional, é responsabilidade minha.

Conscientes da veracidade destas ideias, surgem as perguntas: “E a minha empresa, a organização onde trabalho, como fica neste processo? Como ela cuidará da gestão deste processo?”

Pouco falei da empresa, mas agora vamos nos deter nas ações necessárias a serem desenvolvidas por ela.

A empresa tem que percorrer este mesmo caminho. A empresa tem que:

  1. Ter consciência da necessidade de ajustar-se ao novo mercado.
  2. Tomar a decisão de adequar-se a cada dia.
  3. Entender os novos paradigmas do mercado.
  4. Ampliar o relacionamento com os clientes.
  5. Preparar-se para a mudança.
  6. Envolver cada um de seus colaboradores neste processo.
  7. Contar com seus líderes para planejar, monitorar e avaliar cada passo.

A ação da empresa começa com a sensibilização de todos os colaboradores.

A decisão de assumir a mudança é individual, mas cabe à organização a responsabilidade de propiciar a cada colaborador oportunidades de reflexão que culminem com a decisão para a mudança, pois é impossível mudar uma organização sem que as pessoas que nela trabalham mudem.

A sensibilização é uma etapa preliminar à tomada de decisão, é uma etapa em que a postura dos participantes ainda é reversível, enfim, uma etapa em que o indivíduo busca a forma de participar do processo. É um período de baixo compromisso e decisão preliminar.

No sentido de viabilizar o processo de sensibilização, é preciso contar-se com um líder incumbido de planejar, executar e acompanhar as ações voltadas para a sensibilização da equipe.

A sensibilização é caracterizada por ser um momento em que a equipe tem uma atitude aparentemente passiva, é o momento do absorver de um novo conhecimento, é um momento de contato com novas ideias, não há ainda o fazer de uma nova prática. Não se espera ações dos envolvidos, é um período destinado à interiorização. Tem por função derrubar os obstáculos.

A sensibilização deve ser, por excelência, geradora de desequilíbrio nas pessoas, uma vez que é num momento de crise que a mudança ocorre.

A sensibilização e a crise que dela deve decorrer nada mais são do que um momento de transição da cultura tradicional para a nova cultura organizacional.

O processo de sensibilização leva à aceitação da mudança que antecede àpreparação técnica – o conhecimento do que e como fazer.

A ênfase nos recursos humanos é imperativa, pois todo este processo se faz com pessoas mobilizadas, comprometidas, solidárias.

Considerar a sensibilização como um momento de somenos importância é mutilar o processo e, com certeza, comprometer o seu sucesso.

Por Kátia Issa Drügg

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