A prática faz a perfeição

Conversamos sobre a necessidade de uma agenda diária de trabalho. Temos que ter o momento leitura e o momento conhecimento.

Leo Buscaglia um conhecido escritor ítalo-americano, lecionava em uma Universidade do Sul da Califórnia, onde era responsável por um curso chamado AMOR. E ele dizia com orgulho: esta matéria existe apenas nesta universidade e eu sou o único professor louco o bastante para ensiná-la.

Em um de seus livros ele conta que desde bem pequeno ele teve uma importante experiência de vida. Seu pai era bastante liberal e permitia que seus filhos saíssem, convivessem com diferentes pessoas e buscassem novos caminhos. Na verdade, ele não apenas permitia como os incentivava a ter esse comportamento, mas existia uma única exigência: o jantar era um momento de reunião da família e todos tinham que estar à mesa.

Durante o jantar, o pai perguntava a cada um dos filhos: fulano conte o que você aprendeu hoje.

As crianças eram pequenas para entender que não se aprende apenas na escola, mas muito se aprende com a vida. Então quando elas não lembravam de algo novo ensinado naquele dia na escola, antes do jantar, cada uma corria para ler alguma coisa nova para contar na hora do jantar.

Ele, inclusive disse, que valia qualquer livro, até o dicionário, do qual eles decoravam uma palavra nova e seu significado.

Era, esta uma tarefa diária: contar o que aprendeu.

E ele disse, depois de adulto, que ninguém pode imaginar o quanto ele e seus irmão aprenderam e cresceram com estas migalhas diárias de aprendizagem.

Foi exatamente isto que falei no primeiro parágrafo deste texto e nos textos anteriores deste blog: agenda diária de leitura e de conhecimento. Não precisa muito tempo. Meia hora basta, mas precisa ser diária.

Na empresa isto acontece diariamente, mas muitas vezes é mal aproveitado. Preciso escrever um relatório – coloco as conclusões necessárias, mas muitas vezes não cuido da grafia, da concordância, da objetividade, da coerência, do encadeamento das ideias. Muitas vezes confio no corretor do computador e nem ao menos releio para corrigir os absurdos desta correção automática.

Na minha vida particular a situação, muitas vezes, é ainda pior. Escrevo de qualquer jeito, abrevio tudo, não completo as frases, não me preocupo com a ortografia, nem com a correção gramatical. Afinal estou escrevendo para mim mesmo, para familiares ou amigos que não vão me cobrar a correção.

Ledo engano. É assim que o erro fica evidente. Muitas vezes parceiros de trabalho ou gestores cansam-se de textos mal escritos e adeus para uma promoção, para um trabalho de maior responsabilidade. Na minha vida particular muitas vezes perco chances de progresso por não saber me colocar, expressar minhas ideias com clareza.

Uma coisa aprendemos com a pandemia, com o trabalho em casa: preciso ter disciplina. Mário César de Camargo escreveu: Sem o controle do espaço físico por outrem, seu trabalho agora é autodisciplina. Fixe metas pessoais, profissionais, educacionais e trabalhe com persistência. “A prática faz a perfeição”. Um pouco de qualquer atividade, diariamente, produz resultados de campeões.

Sem a vida regular da empresa muitos perderam a muleta do consultor, com a vida de trabalho em casa muitos perderam o apoio dos colegas, que muitas vezes ajudavam na escrita, dando uma de ghost writer, e tiveram que se virar sozinhos.

Mas, console-se, nem tudo foi negativo, seu esforço, sua determinação, sua pontualidade, sua disciplina, seus méritos ficaram mais evidentes.

Por Kátia Issa Drügg

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