Se resumíssemos os textos anteriores poderíamos ver que me dediquei a enfatizar o EU e concluí que:
- Precisamos mudar, pois o mundo está exigindo isto de nós.
- A cada dia temos mais evidências de que as mudanças estão acontecendo.
- Os novos paradigmas estão batendo à nossa porta e não podemos ignorá-los.
- A mudança, porém, começa “em mim”. É uma decisão que tenho que tomar individualmente.
- Preciso aprender constantemente para acompanhar este novo mundo.
- A minha preparação técnica, meu desenvolvimento profissional, é responsabilidade minha.
Conscientes da veracidade destas ideias, surgem as perguntas: “E a minha empresa, a organização onde trabalho, como fica neste processo? Como ela cuidará da gestão deste processo?”
Pouco falei da empresa, mas agora vamos nos deter nas ações necessárias a serem desenvolvidas por ela.
A empresa tem que percorrer este mesmo caminho. A empresa tem que:
- Ter consciência da necessidade de ajustar-se ao novo mercado.
- Tomar a decisão de adequar-se a cada dia.
- Entender os novos paradigmas do mercado.
- Ampliar o relacionamento com os clientes.
- Preparar-se para a mudança.
- Envolver cada um de seus colaboradores neste processo.
- Contar com seus líderes para planejar, monitorar e avaliar cada passo.
A ação da empresa começa com a sensibilização de todos os colaboradores.
A decisão de assumir a mudança é individual, mas cabe à organização a responsabilidade de propiciar a cada colaborador oportunidades de reflexão que culminem com a decisão para a mudança, pois é impossível mudar uma organização sem que as pessoas que nela trabalham mudem.
A sensibilização é uma etapa preliminar à tomada de decisão, é uma etapa em que a postura dos participantes ainda é reversível, enfim, uma etapa em que o indivíduo busca a forma de participar do processo. É um período de baixo compromisso e decisão preliminar.
No sentido de viabilizar o processo de sensibilização, é preciso contar-se com um líder incumbido de planejar, executar e acompanhar as ações voltadas para a sensibilização da equipe.
A sensibilização é caracterizada por ser um momento em que a equipe tem uma atitude aparentemente passiva, é o momento do absorver de um novo conhecimento, é um momento de contato com novas ideias, não há ainda o fazer de uma nova prática. Não se espera ações dos envolvidos, é um período destinado à interiorização. Tem por função derrubar os obstáculos.
A sensibilização deve ser, por excelência, geradora de desequilíbrio nas pessoas, uma vez que é num momento de crise que a mudança ocorre.
A sensibilização e a crise que dela deve decorrer nada mais são do que um momento de transição da cultura tradicional para a nova cultura organizacional.
O processo de sensibilização leva à aceitação da mudança que antecede àpreparação técnica – o conhecimento do que e como fazer.
A ênfase nos recursos humanos é imperativa, pois todo este processo se faz com pessoas mobilizadas, comprometidas, solidárias.
Considerar a sensibilização como um momento de somenos importância é mutilar o processo e, com certeza, comprometer o seu sucesso.
Por Kátia Issa Drügg