Vamos Mudar?

Esta é a pergunta da moda, mas não é uma pergunta nova.

Desde os idos de 1990 faço palestras e escrevo textos sobre a necessidade da mudança.

Falei inúmeras vezes que o mundo muda a cada dia e que aquele que não for capaz de acompanhar estas mudanças está morrendo sem saber.

Hoje me pergunto se no meu sonho mais louco seria capaz de imaginar uma mudança como a que estamos vendo em 2020.

É isto mesmo, vemos a capacidade extraordinária do ser humano de acompanhar as mudanças do mundo.

Mudamos em questão de dias do contato pessoal para o contato on-line, das reuniões de horas e horas para as do 40 minutos do Zoom, dos inúmeros programas sociais – restaurantes, bares, baladas, shoppings – para o “fique em casa”. Crianças passaram a pedir para ir para a escola. Executivos passaram a fazer reunião de short e camiseta. Negócios passaram a ser discutidos pelo WhatsApp. E mais centenas de mudanças surgiram no nosso dia a dia.

E agora?

Agora estamos na fase das “lives” sobre o “novo normal”. São inúmeras por dia: podemos escolher o horário, o dia da semana, o grupo, o palestrante.

Mas, qual será o “novo normal”? Será que de fato aprendemos alguma coisa com a pandemia? Será que mudamos apenas temporariamente a forma de agirmos?

Meu trabalho mudou? Estou fazendo coisas que não fazia antes? Minha empresa mudou? Sua missão e valores mudaram? Depois da “famosa vacina” voltaremos ao que era antes? Ou vamos nos
defrontar com um “novo normal”? O “novo normal” será caracterizado pelo medo, pelo isolamento, pelas neuroses instaladas naqueles que se deixaram convencer pelas mídias de que este novo vírus é um demônio muito mais voraz que o da gripe espanhola, da H1N1?

O “novo normal” exigirá que os gurus dos novos tempos nos ensinem que o isolamento, a falta de sol e exercício, a depressão são terrenos férteis para a sucumbência do corpo e que o segredo da superação está justamente no oposto – no sol, na luz, na companhia da família e dos amigos, no prazer do convívio, na alegria de um beijo e um abraço? Superar uma doença é a capacidade de um sistema imunológico forte, onde físico e mente estão em equilíbrio.

O “novo normal” conta com milhões de “lives”, “posts”, mensagens – beba água, coma saudável, durma bem, faça exercícios, lave as mãos, limpe a casa.

Meu Deus! Minha mãe me ensinou isto desde que nasci.

Mas, o neurótico de plantão chuta as portas para não por a mão na maçanete, quando utilizar um simples lenço de papel resolveria o problema.

Se está no WhatsApp que devo viver em uma bolha, então deve ser verdade e tem que ser seguido à risca, afinal #FiqueEmCasa.

Será este o “novo normal”? Socorro! Deste normal quero distância!

Mas nada disto nos leva à pergunta título: Vamos mudar?

Lembre-se, a mudança começa dentro de cada um, a mudança impacta a minha essência, o meu eu.

E aqui coloco as perguntas que são realmente importantes para mim: Eu mudei? Minha família, meus amigos mudaram? Meus princípios mudaram?

Meus valores mudaram? Minhas crenças mudaram? Mudei a essência de mim mesma?

E acredito que nestas respostas estará o meu amanhã, o MEU normal.

E o seu?

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